Muitas vezes, os cristãos sofrem com a síndrome do impostor, que é a sensação de não serem dignos ou capazes de viver de acordo com os padrões bíblicos que professam. Essa síndrome pode gerar ansiedade, culpa, baixa autoestima e até mesmo afastamento da fé. Mas como lidar com esse problema à luz da Palavra de Deus?

Em Mateus 7:21, Jesus nos alerta sobre a diferença entre dizer “Senhor, Senhor” e fazer a vontade do Pai. Ele nos ensina que nem todos os que se dizem cristãos entrarão no Reino dos céus, mas somente aqueles que obedecem aos seus mandamentos. Isso significa que a nossa fé deve se manifestar em obras, e não apenas em palavras. Não basta ter um discurso pretensamente bíblico, é preciso ter uma prática coerente com ele.

No entanto, isso não significa que devemos nos desesperar ou nos condenar quando falhamos ou pecamos. A Bíblia também nos mostra que somos salvos pela graça de Deus, e não pelas nossas obras (Efésios 2:8-9). Somos justificados pela fé em Cristo, e não pela nossa própria justiça (Filipenses 3:9). Somos santificados pelo Espírito Santo, e não pelo nosso próprio esforço (Gálatas 5:16-18).

Portanto, a solução para a síndrome do impostor não é tentar ser perfeito ou fingir ser o que não somos, mas reconhecer a nossa dependência de Deus e confiar na sua obra em nós. Devemos nos arrepender dos nossos pecados e buscar a sua vontade, mas sem nos esquecermos do seu amor e da sua misericórdia. Devemos nos esforçar para crescer na graça e no conhecimento de Cristo, mas sem nos compararmos com os outros ou nos orgulharmos da nossa religiosidade. Devemos viver como filhos de Deus, e não como escravos do medo ou da culpa.

A síndrome do impostor pode ser vencida pela verdade do Evangelho, que nos liberta da mentira e da hipocrisia. Somos chamados a ser cristãos autênticos, que amam a Deus e ao próximo com sinceridade e humildade. Que o Senhor nos ajude a viver assim, para a sua glória e para o nosso bem.

Para saber mais: Leia O Impostor que vive em mim, de Brennan Manning. Disponível no site da Amazon.

E aí? Você já se viu vitimado por essa síndrome?

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Por Adauto C. Santos (Bacharel em Teologia pela FTBB e Professor de EBD (Powered by MS Bing)