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Muitas pessoas se perguntam como podem saber qual é a vontade de Deus para suas vidas. Será que existe uma forma de descobrir o que Deus quer que façamos em cada situação? A Bíblia nos dá alguns princípios que podem nos ajudar a discernir a vontade de Deus hoje.
Um desses princípios é buscar a orientação de Deus através da oração e da sua Palavra. No Antigo Testamento, vemos que os israelitas consultavam a Deus por meio de sacerdotes, profetas e objetos sagrados, como o Urim e o Tumim (Êxodo 18.15-20; 1 Samuel 9.9). No entanto, nem sempre eles seguiam a direção de Deus e às vezes eram enganados por falsos profetas ou por sua própria presunção (Josué 9.14-18; 1 Crônicas 14.14). Hoje, temos acesso direto a Deus por meio de Jesus Cristo, o nosso Sumo Sacerdote, que intercede por nós (Hebreus 4.14-16). Além disso, temos a sua Palavra revelada, que é “útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça” (2 Timóteo 3.16). Portanto, devemos orar a Deus pedindo sabedoria e discernimento, e estudar a Bíblia com atenção e obediência, para conhecermos a sua vontade.
Outro princípio é estar atento às circunstâncias e aos sinais que Deus nos dá. No Novo Testamento, vemos que os apóstolos eram guiados pelo Espírito Santo, que lhes abria ou fechava portas para o ministério (Atos 16.7-10). Eles também reconheciam as oportunidades e os desafios que Deus colocava diante deles, e aproveitavam-nas para cumprir a sua missão (1 Coríntios 16.8-9; Colossenses 4.2-6). Hoje, também podemos contar com a presença e a direção do Espírito Santo em nossas vidas, que nos capacita e nos convence da verdade (João 16.13-15). Além disso, podemos observar as situações que vivemos e as pessoas que encontramos, e perceber como Deus pode estar nos usando ou nos chamando para algo específico.
Um terceiro princípio é renovar a nossa mente e o nosso coração conforme a vontade de Deus. O apóstolo Paulo nos exorta a “oferecer o nosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”, e a “não nos conformar com o padrão deste mundo, mas transformar-nos pela renovação da nossa mente” (Romanos 12.1-2). Isso significa que devemos entregar toda a nossa vida a Deus, e deixar que ele mude os nossos pensamentos, sentimentos e atitudes, conforme o seu caráter e propósito. Assim, poderemos “experimentar e comprovar qual é a boa, perfeita e agradável vontade de Deus” (Romanos 12.2).
Esses três princípios não são uma fórmula mágica ou uma receita infalível para discernir a vontade de Deus hoje. Eles são orientações gerais que devem ser aplicadas com fé, humildade e dependência de Deus. Nem sempre teremos certeza absoluta do que Deus quer que façamos em cada momento, mas podemos confiar que ele está conosco e nos guia pelo seu amor e graça.
Por: Adauto Santos. Teólogo e Professor.